Rio de Janeiro - Mais uma atração aconteceu no Galpão da Cidadania. A companhia artística Cirandeira do Instituto de Arte Tear apresentou parte do espetáculo Marias Brasilianas – a arte do fio, que é resultado de pesquisa com mais de 30 artistas e artesãs brasileiras de diferentes regiões do país, da arte do fio, para identificar o perfil dessas mulheres.
A diretora de arte, Mabel Botelli, afirma que o trabalho de pesquisa desenvolvido para a criação da peça buscava encontrar a visibilidade dessas tecelãs. “Queríamos colocar em cena uma parte até desconhecida por muitos brasileiros, como as mulheres criadoras, intensas, as tecelãs”.
Artista, Botelli afirmou que a Cultura precisa ser valorizada. “As vezes a Cultura fica escondida e ela é preciosa, e não há disseminação dela para outras regiões. É preciso investir mais na diversidade cultural e como ela pode ser vista, partilhada, desfrutada, e encantar mais pessoas”, explica. “Há muito para partilhar neste país”.
O diretor de cenografia, Wilson Belém, disse que é princípio da companhia estar ligada diretamente “a história de buscar vínculos com as tradições populares brasileiras, da forma que elas se manifestam”.
Ele afirma que “o caminho foi natural de pensarem grandes mulheres, que são artesãs da arte do fio, com todo o simbolismo que o fio tem, do tecer do bordar, do rendar do fiar”. Segundo ele, o trabalho foca tanto o processo de criação dessas mulheres brasileiras como com toda a simbologia que há no ato de tear.
Estreado no segundo semestres de 2009, com a participação das artesãs do país, o espetáculo tem 80 minutos e 13 músicos são responsáveis por tocar melodias criadas especificamente para o espetáculo. Os interpretes da peça também são criadores. “Não há uma imposição no nosso trabalho”, afirma o diretor.
A companhia Cirandeira começou em 2004 com o espetáculo Ruas dos Cataventos. Esse é um segundo trabalho do grupo.
(Texto: Ascom/MinC)
(Fotos: Luciana Avellar)
(Fotos: Luciana Avellar)
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