quarta-feira, 13 de abril de 2011

Capoeira


Iphan/MinC divulga habilitados no Viva Meu Mestre que concederá 100 prêmios no valor de R$15 mil


O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC) publicou hoje (06) no Diário Oficial da União (Seção 3, páginas 12 e 13) a relação dos habilitados no edital Prêmio Viva Meu Mestre – Edição 2010. 152 iniciativas foram habilitadas do total de 175 inscritos. Serão concedidos 100 prêmios, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para cada premiado.


O Prêmio Viva Meu Mestre, criado a partir da instalação do Grupo de Trabalho Pró-Capoeira do Ministério da Cultura, tem como objetivo reconhecer e fortalecer a tradição cultural da Capoeira por meio da premiação de Mestres e Mestras de Capoeira, com idade igual ou superior a 55 anos, cuja trajetória de vida tenha contribuído de maneira fundamental para a transmissão e continuidade da Capoeira no Brasil.


O Prêmio Viva Meu Mestre é uma política de reconhecimento e valorização dos “patrimônios vivos” e proporcionará uma ampla visibilidade na sociedade brasileira de uma expressão cultural reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil. O objetivo primeiro do prêmio está integrado ao Programa de Salvaguarda e Incentivo à Capoeira – Pró – Capoeira e visa o reconhecimento, valorização e divulgação dos mestres que tenham larga experiência acumulada na prática e transmissão dos saberes sobre a capoeira, desempenham ou desempenharam papel fundamental em suas comunidades e se dedicaram a manter vivo esse patrimônio nacional.


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Grupo Pró-Capoeira


O Ministério da Cultura criou, no ano passado, o Grupo de Trabalho Pró-Capoeira formado por representantes do Iphan, Funarte, Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural (SID/MinC) e pela Fundação Cultural Palmares. Uma das ações do Grupo foi a organização de encontros regionais do Programa Pró-Capoeira realizado entre setembro e novembro do ano passado. A iniciativa teve como objetivo o registro de demandas e de propostas de ações para o Programa Nacional de Salvaguarda e Incentivo à Capoeira.


Foram realizados encontros em Recife (região Nordeste, de 8 a 10 de setembro), Rio de Janeiro (regiões Sul e Sudeste, de 27 a 29 de outubro) e em Brasília (regiões Norte e Centro-Oeste, de 3 a 5 de novembro). Cerca de 600 pessoas, entre mestres, contramestres, professores e praticantes de capoeira, participaram dos encontros. Nos três eventos foram recebidas diversas propostas de políticas públicas para a capoeira, que passarão por um etapa nacional de deliberação.


A maioria das sugestões defendem a inserção da capoeira nas escolas e a profissionalização dos mestres de capoeira. O documento com os resultados deste trabalho ainda está em fase de elaboração.


Patrimônio cultural brasileiro


Praticada em mais de 150 países, desde julho de 2008 a Capoeira foi registrada como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O Ofício dos Mestres de Capoeira está inscrito no Livro dos Saberes, e a Roda de Capoeira no Livro das Formas de Expressão. O Registro foi uma iniciativa do Iphan, vinculado ao Ministério da Cultura, e fez da capoeira a 14ª expressão artística do Brasil registrada como patrimônio imaterial.


A Capoeira figura, assim, ao lado do samba de roda, do Ofício da Baiana de Acarajé, do Ofício de Paneleiras de Goiabeiras (ES) e do frevo pernambucano, como um bem cultural brasileiro, reunindo harmonia, arte, música, poesia, folclore, artesanato, esporte, diversão, dança, jogo, luta, rituais e tradição, em uma das mais genuínas expressões da nossa cultura popular.


(Texto: Heli Espíndola, Ascom/MinC, com informações da Ascom/Iphan) ]

(Fotos: Heirtor Reali, Ascom/Iphan)

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