Museu Nacional de Belas Artes

Instituição reabre Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea

Neste domingo, 13 de janeiro, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), completará 76 anos.  Um dos eventos programados para celebrar a data aconteceu na noite desta quinta-feira (10) , quando foi reaberta uma das principais mostras permanentes da instituição: a Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea.

Fechado desde setembro de 2012 para reformas, o espaço, que antes abrigava 180 trabalhos, agora tem capacidade para 205 obras, assinadas por 170 artistas.  Com 1.800 m², divididos em dois andares, a galeria abriga uma da raras mostras no Brasil, onde se pode descortinar, num só espaço, todo um percurso artístico que vai do início do século XX até o contemporâneo.

'Retrato de Yedda Schmidt', de Candido Portinari, integra as obras da galeria

Inclusões

Na nova exposição da galeria foram incluídas obras – a maior parte doações -,  como “Retrato de Yedda Schmidt” (esposa do falecido empresário Augusto Frederico Schmidt,  poeta e dono do supermercado Disco,  ghost-writter de Juscelino Kubitschek), de Candido Portinari;  telas de Willys de Castro,  Décio Vieira,  João Fahrion,  Timóteo da Costa, Alex Flemming;  gravuras de Maria Bonomi, Fayga Ostrower e Gilvan Samico;  e esculturas de Celso Antonio, dentre vários outros.

Fazem parte da galeria trabalhos de autores como Manabu Mabe, Iberê Camargo, Beatriz Milhazes, Eliseu Visconti, Di Cavalcanti,  Jorge Guinle Filho, Tarsila do Amaral, Carlos Oswald,  Mauricio Bentes, Farnese de Andrade, Amílcar de Castro,  Pancetti, Guignard,  Tomie Ohtake,  Antonio Henrique Amaral e outros.

O MNBA é gerenciado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), instituição vinculada ao Ministério da Cultura.

A exposição está aberta à visitação pública, de terça a sexta, das 10h até às 18h, e a entrada é gratuita.  O MNBA fica na  Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, no Rio de Janeiro.

Uma longa história

Oficialmente criado em 13 de janeiro de 1937 e inaugurado em 19 de agosto de 1938, a história do Museu Nacional de Belas Artes remonta aos tempos da chegada da família real portuguesa, em 1808. Juntamente com D. João VI veio um conjunto de obras de arte, algumas das quais permaneceram no país depois de seu retorno à Europa, figurando como o núcleo inicial da coleção.

O acervo foi sendo ampliado ao longo do século XIX e início do século XX com a incorporação do acervo da Escola Nacional e outras aquisições, e hoje conta hoje com cerca de 15 mil peças, entre pinturas, esculturas, desenhos e gravuras de artistas brasileiros e estrangeiros, além de uma coleção de arte decorativa, mobiliário, arte popular e um conjunto de peças de arte africana.

(Marcos Agostinho, Ascom/MinC)
(Fotos: Divulgação/MNBA)