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Repasso para leitura e reflexão de todos nós gestores ou militantes da cultura. O poder público precisa repensar sobre o que oferece como opção de música para sua população.
Acredito que aquele discurso de "é isso o que o povo quer e gosta" não convence mais ninguem!!
Vamos debater o assunto??
José Brasil filho
Forum de Cultura e Turismo do Vale do Acaraú
Com o título “O Som do Ceará: A indústria da música fortalecendo o machismo, o álcool e a poluição sonora”, eis artigo de Alexandrina Mota, que integra a Associação Cearense de Forró. Ela bate duro nas bandas do "forró eletrônico" e suas músicas de letras duvidosas. Confira:
Apologia a bebida alcoólica, paredões de som e completo desrespeito à mulher. É assim que as bandas cearenses de maior destaque estão destruindo a nossa música genuína, denominando esse ritmo, de gosto duvidoso, de forró.
“Abre o som”, “Deixa o Som Tocar”, “Beber e Raparigar”, “Bebendo Pinga, Bebendo Cerveja”, “Beber, Cair e Levantar”, “Bebo Pra Carai”, “Cachaça, Mulher e Gaia”, “Cachaceiro”, “De Bar Em Bar, De Mesa Em Mesa”, “Eu bebo”, “Motivos Pra Beber”, “Eu bebo”, “Ele Bebe, Ele Fuma, Ele foge”, “De Rapariga Eu Entendo”, “Lapada Na Rachada”, “Locadora de mulher”, “Maria Gasolina”, “Mulher Fuleira”…
Esses são alguns dos “hits” que levam milhares de adolescentes e jovens a introjetarem a cultura do desrespeito ao meio ambiente, onde o melhor é o que faz mais barulho, o incentivo ao consumo de bebidas alcoólicas que na maioria das vezes está atrelado a direção perigosa e o sexismo com a completa desqualificação da mulher.
Acidentes são frequentes na volta de festas e muitas vidas já foram ceifadas, mas a cada dia a indústria deste tipo de música – capitaneada por empresas capitalistas que só visam o lucro, se expande e domina o mercado.
O que mais me chama atenção é o poder público compactuar com essa degradação cultural, contratando a peso de ouro essas atrações. O que se gasta com ações educativas para prevenir gravidez na adolescência, alcoolismo, políticas para a juventude, para igualdade de gênero e respeito ao meio ambiente, são em um só evento postas abaixo. (grifo meu)
É fato que a sociedade está começando a se insurgir contra essa “praga”, exemplo disso foi a mobilização no período do pré-carnaval de Fortaleza que culminou com a aprovação da “lei do paredão”.
O momento é oportuno para aprofundar a discussão. O carnaval está chegando e em dois meses teremos as festas juninas. É importante que com a vitória da “lei do paredão”, avancemos e façamos uma requalificação das festas juninas em Fortaleza e em nosso estado do Ceará, que estão totalmente descaracterizadas. A idéia é que as nossas raízes culturais sejam preservadas, que o modismo não sobreponha a tradição e que os cearenses não se envergonhem da sua produção musical.
Como “gonzagueana”, nordestina, cearense, cabocla da minha terra querida, Tejuçuoca, estou otimista. Acredito que os nossos governantes não continuarão compactuando com esse desastre.
* Alexandrina Mesquita Mota Brito, fisioterapeuta, especialista em Auditoria em Saúde e Psicomotricidade Relacional e Membro da Associação Cearense do Forró.
Fonte:
Acredito que aquele discurso de "é isso o que o povo quer e gosta" não convence mais ninguem!!
Vamos debater o assunto??
José Brasil filho
Forum de Cultura e Turismo do Vale do Acaraú
Com o título “O Som do Ceará: A indústria da música fortalecendo o machismo, o álcool e a poluição sonora”, eis artigo de Alexandrina Mota, que integra a Associação Cearense de Forró. Ela bate duro nas bandas do "forró eletrônico" e suas músicas de letras duvidosas. Confira:
Apologia a bebida alcoólica, paredões de som e completo desrespeito à mulher. É assim que as bandas cearenses de maior destaque estão destruindo a nossa música genuína, denominando esse ritmo, de gosto duvidoso, de forró.
“Abre o som”, “Deixa o Som Tocar”, “Beber e Raparigar”, “Bebendo Pinga, Bebendo Cerveja”, “Beber, Cair e Levantar”, “Bebo Pra Carai”, “Cachaça, Mulher e Gaia”, “Cachaceiro”, “De Bar Em Bar, De Mesa Em Mesa”, “Eu bebo”, “Motivos Pra Beber”, “Eu bebo”, “Ele Bebe, Ele Fuma, Ele foge”, “De Rapariga Eu Entendo”, “Lapada Na Rachada”, “Locadora de mulher”, “Maria Gasolina”, “Mulher Fuleira”…
Esses são alguns dos “hits” que levam milhares de adolescentes e jovens a introjetarem a cultura do desrespeito ao meio ambiente, onde o melhor é o que faz mais barulho, o incentivo ao consumo de bebidas alcoólicas que na maioria das vezes está atrelado a direção perigosa e o sexismo com a completa desqualificação da mulher.
Acidentes são frequentes na volta de festas e muitas vidas já foram ceifadas, mas a cada dia a indústria deste tipo de música – capitaneada por empresas capitalistas que só visam o lucro, se expande e domina o mercado.
O que mais me chama atenção é o poder público compactuar com essa degradação cultural, contratando a peso de ouro essas atrações. O que se gasta com ações educativas para prevenir gravidez na adolescência, alcoolismo, políticas para a juventude, para igualdade de gênero e respeito ao meio ambiente, são em um só evento postas abaixo. (grifo meu)
É fato que a sociedade está começando a se insurgir contra essa “praga”, exemplo disso foi a mobilização no período do pré-carnaval de Fortaleza que culminou com a aprovação da “lei do paredão”.
O momento é oportuno para aprofundar a discussão. O carnaval está chegando e em dois meses teremos as festas juninas. É importante que com a vitória da “lei do paredão”, avancemos e façamos uma requalificação das festas juninas em Fortaleza e em nosso estado do Ceará, que estão totalmente descaracterizadas. A idéia é que as nossas raízes culturais sejam preservadas, que o modismo não sobreponha a tradição e que os cearenses não se envergonhem da sua produção musical.
Como “gonzagueana”, nordestina, cearense, cabocla da minha terra querida, Tejuçuoca, estou otimista. Acredito que os nossos governantes não continuarão compactuando com esse desastre.
* Alexandrina Mesquita Mota Brito, fisioterapeuta, especialista em Auditoria em Saúde e Psicomotricidade Relacional e Membro da Associação Cearense do Forró.
Fonte:
Blog do Eliomar
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